sábado, 4 de fevereiro de 2012

To vivo!

São muitas coisas para falar. Mas, para facilitar, vamos começar do começo.

Alguém ouviu falar que o aeroporto de Amsterdam ficou fechado por algumas horas por causa do congelamento da pista? Pois é, o meu vôo ficou preso. O que seria apenas um atraso ocasional se tornou uma tormenta de mais de 6 horas de espera. Pelo menos, ganhamos 5 euros para gastar em lanches (o que deu uma batata frita e um Mc Qualquer-Coisa-Estranha-Da-Holanda) e 5 minutos de telefonema internacional (para acalmar minha mãe). Depois de passadas as enfim 6 horas, finalmente o avião partiu.


Cheguei em Dubai as 6h, quando o correto seria as 0h. Claro que não havia ninguém a minha espera. Comprei um cartão telefônico e liguei para o responsável do evento. Depois de algum tempo, foram me buscar. Então, dica para viajantes: anotem os números de telefone! (De preferência, em algum pedaço de papel, porque nunca se sabe quando a bateria do celular vai acabar...).

O campo escoteiro é muito interessante. Pela primeira vez, estou acampando em areia. E quando digo areia, é somente um grande manto de areia que se estende até o horizonte. Da minha barraca, ou melhor, tenda, consigo ver o palácio do Sheik.


É interessante notar os sotaques. O português europeu de Moçambique, o estranho inglês do Sul-Africano, o espanhol dos amigos latinos, o russo das ex-repúblicas soviéticas e o árabe de quase todos.


Além do sotaque, é muito gratificante o clima de amizade. Me senti de volta ao Jamboree Mundial, onde para virar amigo de alguém, bastava um olhar e soltar a famosa frase: “Where are you from?”. Mais do que isso, o clima de amizade aqui foi intensificado pelo reduzido tamanho do pessoal. Na última contagem, foram 79 (se não me engano).


Por hoje, as atividades foram leves: pegar o lenço do evento, que veio com uma mochila grátis, fazer um pouco mais de amizades, assistir vídeos e fazer a apresentação. Claro, a apresentação! Fiquei nervoso quando chegou a minha hora, especialmente porque estava sem o meu papel com as “colas” das falas. De qualquer forma, fluiu muito bem e consegui fazer com que a minha apresentação fosse eleita a melhor do subcampo, empatado com a do senhor representante do Canadá, que inclusive me deu excelentes ideias para colocar em prática no Brasil. Muitos me elogiaram, graças a Deus. Obrigado, simulações da ONU :D

É inevitável ouvir um “Ronaldinho”, “Kaká” e “Robinho” quando digo que sou do Brasil. Mas também é muito interessante notar como todos me tratam bem. Às vezes, vêem me procurar dizendo que amam o Brasil. É muito orgulho para uma só pessoa.


De noite, faz MUITO frio. Dormi de edredon e casaco (no deserto?)


Por enquanto, essas são as informações que tenho para dar. O tempo é curto e estamos saindo daqui a pouco.

PS: fiquei muito feliz quando o representante de Madagascar veio me procurar dizendo que fazia capoeira. Até “paranauê” ele sabe cantar!

3 comentários:

  1. Comentário oportuno: a água é o pior dos gases do efeito estufa, muito pior que o metano. E como não há muito no deserto, a noite costuma ser fria.

    (até onde vão o pouco conhecimento que tenho.)

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  2. Que bacana Matheus. Muitas experiências parecidas. Você escreve muito bem, tô na mala e acompanhando...

    Se encontrar o Didi ou o Teeno mande um GRANDE ABRAÇO pra eles, por favor.

    Abração

    Salam!

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  3. Estamos mais tranquilos ( eu, seu , pai e irmão) e orgulhosos em saber da sua apresentação realizada com desenvoltura como também da grande projeção do nosso país por ai. Estamos lhe acompanhando a distãncia.
    Bjim

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